INSTALAÇÃO AQUÁTICA - PISCINAS E PARQUES Atualizado em Setembro de 2005
Introdução : É surpreendente constatar que no Brasil, embora mais de 50% dos óbitos por afogamento ocorram em águas fechadas do tipo piscinas, parques aquáticos, hotéis, condomínios, represas e rios, não exista até o momento nenhuma legislação Federal que sustente ou exija um mínimo de segurança nestes ambientes. Por esta razão, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático – SOBRASA – elaborou uma proposta de Lei que contempla este importante tópico em nosso país (pode ser visualizada em www.SOBRASA.org). Entretanto, como esta Lei encontra-se em andamento no Congresso Nacional e como a SOBRASA vem sendo procurada por diversos setores da área aquática a prestar esclarecimento e ajuda quanto ao item segurança, ficou estabelecido por sua Diretoria(2003-07) que uma das formas de contribuição nesta área seria realizada através de um programa de controle de qualidade em segurança em instalações aquáticas. Assim nasceu o PQSS-PISCINAS.
Definimos “Instalação aquática” como toda superfície ou lâmina de água natural ou artificial, que esta habilitada para uso recreativo ou desportivo. As instalações aquáticas devem possui acessos, serviços, condições higiênicas e sanitárias específicas e principalmente estar supervisionado e vigiado todo o tempo por socorristas aquáticos. A função principal do socorrista nestas instalações é preventiva.
O PQSS-PISCINAS que tem os seguintes objetivos principais:
1. Prestar assessoria na área de segurança aquática a pessoas jurídicas, de forma a reduzir o número de acidentes aquáticos em PRAIAS e em seu entorno.
2. Qualificar (aprovada ou reprovada) a segurança prestada na prevenção e no atendimento de acidentes aquáticos e em seu entorno e se aprovada emitir certificado qualificando em um dos três níveis propostos.
3. Emitir parecer com sugestões a instituição solicitante com a finalidade de melhoria na segurança e a adequação ao PQSS-PRAIAS.
Métodos : Serão avaliados todos os aspectos estruturais, organizacionais, materiais e humanos envolvidos na segurança do banhista. Para tal passamos a descrever os passos a serem seguidos pela instituição solicitante:
1. Será verificado se a instituição atende o mínimo de 80% de todas as condições exigidas na Ficha de avaliação do PQSS-PRAIAS (ver abaixo).
2. Ser Sócia Institucional da SOBRASA (clique para saber como)
3. Depositar o valor de 1.5 (um e meio) salário mínimo vigente em nome da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, Bradesco 237, Agencia: 1075-8 – Barra da Tijuca, Conta número: 037149-1, CNPJ 01.013672/0001-02.
4. Arcar com as despesas de deslocamento, alimentação e hospedagem do Certificador de Qualidade da SOBRASA.
5. Marcar o dia para a avaliação.
Vantagens da aderência ao PQSS – Redução de riscos e acidentes em suas instalações através de um relatório gerado após a visita e assessoria de nosso certificador de qualidade da SOBRASA.
Vantagens da certificação do PQSS – Com a certificação no PQSS-PRAIAS, a pessoa jurídica terá o direito de divulgar sua excelência em qualidade em mídia ou na própria empresa como parte de seu marketing, além de poder utilizar o logotipo da SOBRASA em seu uniforme e em seu estabelecimento e;
a – Receber certificado de qualidade emitido pela SOBRASA qualificando em um dos três níveis propostos (ver abaixo).
b – Divulgação de seu logotipo na web da SOBRASA indicando sua certificação no PQSS-PRAIAS gerando confiabilidade as empresa contratantes.
Tempo de validade para a certificação : 1 ano.
FICHA DE AVALIAÇÃO DO PQSS
Esta ficha é utilizada pelo instrutor da SOBRASA em sua avaliação do PQSS-PRAIAS. Para a certificação do PQSS-PRAIAS todas as praias sob responsabilidade da referida entidade necessitam contemplar 80% de suas exigências. Serão assim subdivididos as instalações aquáticas quanto aos percentuais atingidos e qualificados: Padrão Bronze – 80%, Padrão Prata – 90% e Padrão ouro 100%. Será permitido a empresa, quando não satisfizer ao PQSS-PRAIAS, solicitar tempo hábil, após a primeira visita, para uma nova avaliação mediante o pagamento de uma nova taxa no mesmo valor.
Nome da empresa :
Endereço(com CEP) :
Tels : GCG :
E-mail:
Nome do responsável acompanhante do processo de avaliação :
Data da avaliação :
Nome do Certificador da SOBRASA :
Padrão alcançado: □ Bronze – 80% ; □ Prata – 90%; □ Ouro 100%
Estratégias de aferição da ficha do PQSS-PRAIAS : Observação pessoal do certificador, questionário oral ou escrito, e simulado de cenários em 50 itens de avaliação com peso 2. Na falta de algum item especificado, o certificador pode avaliar como ponto dado a Instituição caso interprete que a falta do item em nada aumenta o risco a segurança. A Instituição aferida deverá completar um mínimo de 80 pontos ou 40 itens completados.
1 – Quanto a(s) praia(s) e seu entorno
1.1 – Folheto ou placa geral com orientação ao banhista sobre normas gerais de segurança, atividades, brincadeiras de risco, criança perdida, uso de bóias e as bandeiras internacionais □
1.2 – Cada ponto da praia com qualificação e normas de segurança visível em placas aos banhistas □
(correntes de retorno, perigos de pedras, perigo de mergulho em água rasa e outros)
1.3 – Medidas de construção da praia e entorno para prevenção de acidentes □
(acesso as praias sem riscos, áreas delimitadas e apropriadas para esportes como surf, futebol, frescobol e volei e ciclovias)
1.4 – Áreas de sombra, água potável, banheiros e chuveiros para o banho □
1.5 – Água e areia limpa, ausência de objetos cortantes, pontiagudos ou pipas □
2 – Quanto aos recursos de assistência médica
2.1 – Ambulância ou acesso a ambulância com Suporte Avançado de Vida em menos de 15 min após o incidente □
(Oxigênio, material de acesso as vias aéreas, e desfibrilador semi-automático)
2.2 – Ambulância ou acesso a ambulância com Suporte Básico de Vida em menos de 15 min após o incidente □
(Oxigênio)
2.3 – Acesso a hospital básico com médico ou centro de recuperação de afogados em menos de 20 min após o incidente □
(Oxigênio, material de acesso as vias aéreas e venoso, desfibrilador semi-automático, monitor, aquecimento e pequenas intervenções cirúrgicas)
2.4 – Acesso a hospital terciário (com CTI) em menos de 30 min □
3 – Quanto aos recursos humanos na área de prevenção e salvamento
3.1 – Um supervisor/coordenador geral para as equipes médica, guarda-vidas e administrativos □
3.2 – Um supervisor de área para cada 10 guarda-vidas □
3.3 – Um guarda-vidas para cada 250m de praia sem área cega □
3.4 – Um guarda-vidas para cobertura de horário de refeições e banheiro □
3.5 – Dois ou mais guarda-vidas em locais críticos de perigo ou grande quantidade de banhistas □
4 – Quanto aos recursos materiais
4.1 – Rescue-tube ou can individual ou por área □
4.2 – Torres de salvamento ou pontos elevados em cada posto de salvamento □
4.3 – Medidas de proteção solar adequada ao guarda-vidas (óculos, protetor solar, uniforme e guarda-sol) □
4.4 – Medidas de proteção individual ou por área para o suporte básico de vida (máscara e luvas) □
5 – Quanto ao sistema de comunicação
5.1 – Sistema de comunicação na área de praia (rádios portáteis ou celulares com acesso a supervisão ou médico) □
5.2 – Sistema de comunicação para fora da área da praia (celulares e principais números – Polícia, Bombeiros) □
5.3 – Códigos de acidente e protocolo de comunicação estabelecido entre os guarda-vidas □
5.4 – Protocolo e meios de comunicação de aviso (alerta) aos banhistas (tempestade, tubarões, etc) □
6 – Quanto a operacionalidade do serviço de salvamento
6.1 – Documentação apropriada dos incidentes ocorridos □
6.2 – Guarda-vidas de fácil acesso e visualização ao banhista □
6.3 – Todo socorro deve ser precedido de um sinal de alerta do tipo sonoro (apito) □
6.4 – Em caso de socorro, cobertura do posto por outro guarda-vidas □
6.5 – Capacidade de interromper temporariamente a entrada na água □
6.6 – Capacidade para estabelecer um primeiro atendimento em situação de grandes acidentes ou catástrofe □
6.7 – Possuir uma embarcação para cada 7 km de praia (incluindo costa de pedras) □
6.8 – Uniforme dos guarda-vidas com identificação pessoal e do serviço de salvamento □
7 – Quanto a capacitação dos guarda-vidas (serão sorteados pela SOBRASA no dia da avaliação, 2 guarda-vidas para os testes em áreas distintas)
7.1 – Teste físico em seqüência: Correr 500m < 2 min + 10 min de flutuação + 25 m submerso + nadar 100m < 1.40″ □
7.2 – Reconhecer adequada vigilância nas 3 áreas – Primária, secundária e terciária □
7.3 – Reconhecer um mínimo de 10 formas de prevenção de acidentes □
7.4 – Reconhecer um mínimo de 5 características de prováveis vítimas de acidentes ou afogamento □
7.5 – Reconhecer um mínimo de 2 características de afogamento em curso □
7.6 – Reconhecer em sua área 2 locais de maior risco de acidentes □
7.7 – Descrever as normas básicas de relação com os usuários □
7.8 – Capacidade de localizar visualmente a vítima + ativar a cadeia de resgate + atuar (iniciar o resgate) < 10 segundos □
7.9 – Capacidade de aproximar + avaliar + e estabelecer contato para o resgate da vítima < 3 min □
(nos dois itens acima, teste será feito com o guarda-vidas de costas para praia e vítima na água, quando soa o apito e tudo em um só tempo)
7.10 – Capacidade de realizar um socorro a uma distancia > 25 m em vítima consciente e agitada □
7.11 – Capacidade de realizar um socorro a uma distancia > 25 m em vítima inconsciente □
(nos dois itens acima avaliar: entrada, aproximação, abordagem, uso do rescue, avaliação do suporte básico de vida dentro da água, reboque e retirada da piscina)
7.12 – Capacidade de realizar um salvamento a uma vítima suspeita de trauma cervical com e sem equipamento □
7.13 – Capacidade de realizar transporte da vítima de forma adequada da água para área seca □
7.14 – Capacidade de simular os 8 passos do exame primário em vítima inconsciente □
(checar o local, checar a resposta, acionar o socorro médico, abrir vias aéreas, checar a respiração, ventilação boca-a-boca, checar sinais de circulação e compressão cardíaca)
7.15 – Capacidade de simular os 8 passos do exame primário em vítima de trauma inconsciente □
(checar o local, checar a resposta, acionar o socorro médico, checar a respiração, abrir vias aéreas, checar a respiração, ventilação boca-a-boca, sinais de circulação e compressão cardíaca)
7.16 – Capacidade de simular os 6 passos do exame secundário em vítima clínica ou trauma □
(imobilização cervical, resposta a dor, exposição, sinais vitais, história resumida, exame da cabeça aos pés)
7.17 – Demonstrar quando e como colocar a vítima em posição lateral de segurança □
7.18 – Saber reconhecer e como proceder em emergências clínicas (1 pergunta) e traumáticas (1 pergunta) □
7.19 – Saber reconhecer e classificar o grau de afogamento e o tratamento apropriado (3 perguntas) □
7.20 – Ter conhecimento de quando NÃO começar (4 razões) e quando parar (3 razões) a RCP em afogados □
7.21 – Saber reconhecer as peças de um cilindro de oxigênio com suas válvulas, circuitos e demonstrar seu funcionamento □