Como após o lançamento da campanha, mesmo com a simplicidade das mensagens, ainda existam dúvidas de pais/responsáveis preocupados com afogamento, abrimos uma sessão de perguntas, chamada
Perguntas e Respostas PISCINA+SEGURA
Pai: Um dos pontos principais na campanha PISCINA+SEGURA é a supervisão dos pais junto aos filhos na hora de usar a piscina, como seria isto?
SOBRASA: A presença dos pais faz toda a diferença na segurança. Ele (a) vai controlar o que as crianças estão fazendo, estabelecer limites quando houver brincadeiras perigosas como mergulhos, correrias, empurrões e a tradicional e perigosa brincadeira de afundar o colega. Vai observar quem sabe ou não nadar. Vai verificar as condições da piscina, vai desligar a bomba de filtração para evitar os acidentes por sucção. Numa festa é importante escolher o PAI DA PISCINA assim como escolhemos o MOTORISTA DA RODADA ele vai ficar ali de olho nas crianças. Mas de olho mesmo, ou seja 100% de atenção. Se a festa é grande, vale a pena contratar um guarda-vidas para maior segurança de todos.
Pai – Na campanha vocês enfatizam a importância de aprender a nadar. Isto significa que eu posso ficar totalmente tranqüilo se o meu filho já sabe nadar?
SOBRASA: Não nunca. Saber nadar é fundamental, mas não elimina nunca a supervisão seja dos pais ou de um guarda-vidas. Muitos nadadores já morreram afogados por passarem mal, por acidentes por sucção dos ralos ou pequenos traumas que o fazem perder a consciência e se afogar.
Pai – Qual a importância de cercar uma piscina?
SOBRASA: É fundamental para a proteção de crianças até 7 a 9 anos e bebês que começam a engatinhar. As piscinas são os principais responsáveis pelos óbitos por afogamento na faixa etária de 1 a 9 anos. E este tipo de ocorrência acontece principalmente em horários fora de uso da piscina. A cerca com um portão que se fecha automaticamente e fora do alcance das crianças impede este tipo de ocorrência nesta faixa etária.
Lembre-se também que é importante evitar os afogamentos em outras situações, que podem ocorrer dentro de casa e ao seu redor, como privadas, bacias, baldes, banheiras, poços e até poças.
Pai – Como são os acidentes por sucção?
SOBRASA – Este tipo de incidente ocorrem de diferentes maneiras. As crianças podem ficar presas ao ralo de fundo por partes do corpo, cabelo, ou cordões (jóias). Isto ocorre porque a instalação hidráulica da piscina foi mal feita. A instalação correta prevê dois ralos de fundo interligados e com ralos anti-aspiração de cabelo, que evitam o aprisionamento dos cabelos. Estes ralos já são fabricados no brasil. Nas piscinas residenciais que ainda não possuem este sistema, aconselhamos deixar a bomba desligada enquanto a piscina estiver em uso.Veja em nossa web.
Pai – Quais os estados que a legislação obriga a presença de um guarda-vidas de piscina em locais coletivos?
SOBRASA – Poucos estados possuem leis ou normas técnicas que regulamentam a presença de um profissional guarda-vidas para tomar conta e dar segurança aos usuários. A Lei Estadual nº 2.846, de 27 de maio de 1981 (DO 91 de 81) em SP por exemplo, determina que todas as piscinas de uso público deverão, quando abertas, estar sob a vigilância de um Guarda-Vidas, na proporção de 01 a cada 300 m². Consideram-se piscinas de uso público, as de clubes, academias, etc. Cada Estado da Federação possui uma legislação específica. Nós da SOBRASA estamos empenhados na aprovação de uma Legislação Federal, de forma a melhorar a segurança destes espaços em todo o País, desburocratizando e regulamentando a profissão, pois ao padronizar as exigências, formação e equipamento de segurança, estaremos facilitando o cumprimento da Lei. Veja mais leis sobre piscina.
Pai: Como deve ser o comportamento do guarda-vidas? Ele deve permanecer o tempo todo no local? Como é a atenção que ele deve ter com os banhistas?
SOBRASA: O Guarda-Vidas deve permanecer em posição estratégica (o que faz parte de seu aprendizado) de forma a ter sob seu controle todos os banhistas que estão na água. A piscina deve possuir o profissional a postos durante todo o período de seu funcionamento. O número de profissionais e seu horário vão variar de acordo com vários fatores como tamanho do espaço, quantidade de público e principalmente as leis trabalhistas. Se uma piscina fica aberta o dia todo, obviamente, deverá haver mais de uma equipe de segurança. A atenção do Guarda-Vidas em relação ao seu público é exatamente a que um profissional de segurança deve ter em relação aos seus protegidos: Atenção constante. Portanto, é uma profissão que requer dedicação intensa.
Pai – Qual o risco em piscinas? Muitos acham que são mais seguras? Quais os riscos e os casos de afogamentos mais comuns?
SOBRASA: A SOBRASA publicou recentemente artigo do Perfil de Afogamento no Brasil, onde revela que as piscinas foram responsáveis por 1,6% de todos os casos de óbito por afogamento, mas representam 53% de todos os casos na faixa de 1 a 9 anos de idade. clique aqui. Todo espelho d’água tem seus riscos. Na verdade, o que classifica os perigos de um espelho d’água (rios, mar, praias, piscinas, etc) é o comportamento do usuário, mais do que qualquer outro fator. As piscinas possuem sim riscos diversos, que serão amenizados à medida que algumas providências sejam adotadas, tanto na engenharia de sua construção, quanto nos equipamentos dispostos nela (brinquedos, escorregadores, toboáguas, etc). Além disto, uma piscina sem Guarda-Vidas, independentemente de sua construção, não é de forma alguma segura. Nada substitui o profissional treinado e formado para a segurança do usuário.
Pai – Se o guarda-vidas cometer erro como de deixar o local onde acontecer um afogamento o que pode acontecer com ele? Pode ter o registro cassado?
SOBRASA – Não há registro a ser cassado, já que a profissão ainda não está regulamentada. Esta é mais uma luta da SOBRASA conforme já citamos. Entretanto, como qualquer profissional que por ação ou omissão der causa a um acidente, o Guarda-Vidas estará sujeito às penas da lei, inclusive criminalmente. Da mesma forma concorre o responsável pelo local que deveria ter um profissional contratado, capacitado, por força de lei ou não, e se omite.
Pai – Quem fiscalização a atuação dos guarda-vidas e quem deve fiscalizar se os locais de lazer têm esses profissionais?
SOBRASA – Hoje não há regulamentação a respeito. Então, quem deve fiscalizar é o próprio consumidor. O usuário. Se não há Guarda-Vidas no clube, o local não é seguro. E ele, como consumidor, paga pela segurança da piscina, como paga pela limpeza, tratamento, etc. O usuário, mais do que qualquer outra autoridade, deve reclamar.
Pai – Como é a formação desses profissionais e onde elas acontecem?
SOBRASA – A formação no Brasil é variada, já que não há a regulamentação. Nós da SOBRASA temos um currículo padrão, construído pelos maiores especialistas do Brasil, e que segue fielmente as recomendações da ILSF ( International Lifesaving Federation). A ILSF é o organismo internacional que congrega os maiores especialistas no mundo em prevenção a afogamentos. A ILSF reúne mais de 90 Países (e a SOBRASA é a única representante no Brasil) e é a maior autoridade no assunto. Há vários cursos de Guarda-Vidas particulares no Brasil. Nem todos seguem nosso currículo.
Pai – Quais as dicas principais aos banhistas tendo como base os registros mais comuns de afogamentos?
SOBRASA – O banhista ao chegar a um local de banho (qualquer um, seja lagos, rios, praias, piscinas, etc), deve verificar se há Guarda-Vidas. Se não houver, aquele local não é seguro e não deve ser usado para banho. Caso haja o profissional, ele é a pessoa mais indicada para se consultar e ver onde entrar, quais as regras para o banho seguro, etc. Além disto, nunca o banhista deve se esquecer que bebida alcoólica e água não combinam. Não beba nem se alimente em demasia antes de se banhar. Outra dica importante é o lema do Corpo de Bombeiros: Água no umbigo, sinal de perigo”. Não se aventure em local desconhecido.
Pai – O que deve ser feito em caso o afogamento já estiver em curso?
SOBRASA – Recentemente criamos uma cadeia de sobrevivência sobre afogamento e quais as medidas mais importantes de ação. Os principais passos podem ser visualizados em nosso manual, e são eles: Prevenção, Reconhecer que alguém esta em apuros na água, chamar por profissionais, prover algum tipo de flutuação a pessoa em apuros, e tentar tira-la de dentro da água. Avalia-se então se a pessoa esta respirando e se o coração esta batendo e se não estiver é fundamental como primeira providencia retirar a face do afogado de dentro da água e verificar se existe respiração. Se não houver respiração o pai ou responsável aplica 5 a 10 ventilações do tipo boca-boca, e retira a criança da piscina. Em casos de gravidade chama-se imediatamente o telefone 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 (SAMU). Publicamos recentemente um pequeno manual resumido sobre afogamentos em geral que orienta todos os passos.
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