Search
Close this search box.

Locais de óbitos por afogamento no Brasil – estimativa SOBRASA 2014

A situação dos incidentes aquáticos no Brasil não difere do resto do mundo, mas possui uma característica única, a singularidade em que está sujeita a este tipo de ocorrência. Por sua posição geográfica continental, sua imensa população, sua heterogeneidade em renda e educação, posição em 2 hemisférios com estações diferentes, e seu clima tropical durante todo ano, o Brasil possui a maior área espelhada e utilizável no mundo o que gera o maior número de resgates aquáticos e um dos maiores número de óbitos no mundo. Embora com todos estes fatos em andamento, a mortalidade por afogamento vem declinando no Brasil nos últimos 33 anos (1979-2011) em número absoluto e mais importante em número relativo (óbitos/100.000 habitantes) conferindo uma redução no número de óbitos de 1979 a 2007 da ordem de 37% e a redução do risco de acidente aquático em nosso país. O afogamento é uma das principais causas de morte em crianças e adultos jovens no Brasil, embora estejamos quantificando apenas 6% do problema. Isto ocorre pela forma como os dados sobre o assunto são coletados, classificados e reportados, assim como pela dificuldade em interpretar e ajustar estes dados para nossa realidade. Em 2011, o afogamento foi no Brasil, a 2ª causa geral de óbito entre 1 e 9 anos, a 3ª causa nas faixas de 10 a 19 anos, a 4ª causa na faixa de 20 a 29, e 6.494 brasileiros (3.4/100.000 hab) morreram afogados. Considerando o custo direto (atendimento pré-hospitalar + hospitalar) e indireto (Perda de produtividade associada + custos familiares de enterro, translado e tempo dos familiares) médio de R$ 210.000,00 para cada afogamento com óbito no Brasil. Em média homens morrem 6 vezes mais que as mulheres por afogamento, e a maior relação ocorre na faixa de 20 a 25 anos(13 vezes mais). Em 2011, a região Sudeste mostra o menor risco (2,5/100.000 hab.) de óbitos por afogamento e a região Norte o maior risco (13,2).

ESTIMATIVA SOBRASA de LOCAL DE ÓBITOS POR AFOGAMENTO NÃO INTENCIONAIS – Brasil
ÁGUAS NATURAIS – 90%
Água doce – 75%
25% Rios com correnteza (river stream),
20% Represa (dam),
13% Remanso de rio (backwater river),
5% Lagoas (lakes/ponds),
5% inundações
3% Baía (bay),
2% Cachoeiras (waterfalls),
2% Córrego (stream).
Praias oceânicas (ocean beaches) – 15%
ÁGUAS NÃO NATURAIS 8.5%
2.5% Banheiros, caixas de água, baldes e similares
2% Galeria de águas fluviais (fluvial),
2% Piscinas (pools),
2% Poço (well),
NO USO DE EMBARCAÇÕES – 1,5%

Referencia: David Szpilman. Afogamento – Perfil epidemiológico no Brasil – Ano 2011. Publicado on-line, Julho de 2013. Trabalho elaborado com base nos dados do Sistema de Informação em Mortalidade (SIM) tabulados no Tabwin – Ministério da Saúde – DATASUS – 2013. Acesso on-line http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php Julho de 2013 (ultimo ano disponível 2011)

Picture of Dr David Szpilman

Dr David Szpilman

Dr David Szpilman - Sócio Fundador, Ex-Presidente, Ex-Diretor Médico e atual Secretário-Geral da SOBRASA; Ten Cel Médico RR do CBMERJ; Médico do Município do Rio de Janeiro; Membro do Conselho Médico e Prevenção da International Lifesaving Federation - ILS; Membro da Câmara Técnica de Medicina Desportiva do CREMERJ. www.szpilman.com