Bombeiros de São Paulo ministram aula de primeiros socorros em escola de surf

Os alunos da Hot Girls Surf School puderam aprender um pouco sobre correntes marítimas, técnicas de salvamento e primeiros socorros.

Quem pensa que aprender a surfar é só pegar uma prancha e cair no mar está enganado. Assim como em outros esportes, o surf também tem que ser praticado com responsabilidade e é preciso estar atento e preparado para as suas adversidades. Por isso, é necessário conhecer um pouco sobre o mar, saber respeita-lo e o que fazer em caso de surpresas indesejáveis.

Aproveitando o dia ensolarado e as fracas condições para o surf, a turma da Hot Girls Surf School de Santos preferiu não cair na água na última sexta-feira, dia 6 de maio, para participar de uma aula especial. Atentos aos ensinamentos e dicas do Sargento Paulo Antônio Ribeiro, do 1º Sub-GB /17º Grupamento de Bombeiros, a galera aprendeu um pouco sobre correntes marítimas, técnicas de salvamento e primeiros socorros.

Já bastante conhecido pela galera do Quebra-mar, ele que além de ser salva-vidas em Santos, também pega onda, falou da importância dos praticantes do surf conhecerem sobre o assunto. “Em caso de acidentes no mar, os surfistas já estão no local, e auxiliam, e muito, os guardas-vidas. Eles acabam sendo uma extensão dos nossos trabalhos na área de arrebentação”, explica. “Sempre orientamos os surfistas para que possam realizar salvamentos com segurança”.

Foi explicado passo a passo como devem ser feitos vários tipos de salvamentos. “Peço que a pessoa esteja sempre com um objeto flutuante e o jogue para a vítima. Porém, isso só deve ser feito se você for bom nadador, caso contrário, pode ocorrer duas vítimas. Neste caso, procure imediatamente o guarda-vidas na faixa de areia ou alguém próximo com mais experiência”, alerta.

Os alunos aprovaram a aula e agora entrarão no mar com mais segurança

próprio surfista precisa estar atento também na sua capacidade física para não passar apuros. Para isso, o Sargento Ribeiro falou da importância do surfista saber nadar. “Vai que você está lá no outside e a cordinha arrebenta. O que vai fazer?”, perguntou aos alunos. “Em dias sem ondas, treine natação e pratique longas distâncias, isso o ajudará se precisar nadar por muito tempo”.

Ele também falou sobre as correntes marítimas. “Algumas praias têm uma vala lateral a ela, onde corre uma correnteza, que é somada a uma corrente de retorno que vem da praia em direção ao mar, ou seja, sentido contrário às ondas”, explica. “Quando uma pessoa cai nessa corrente lateral, ela é arrastada mar adentro. Nisso, a pessoa só pensa em nadar em direção da praia. Assim, vai contra a correnteza e acaba cansando, o que pode levar ao pânico. Por isso, tente nadar para os lados”.

Com auxílio de uma boneca, o Sargento Ribeiro ensinou como fazer a reanimação cardíaca. Todos os alunos simularam como são feitas as massagens e respiração boca a boca ao socorrer um afogado. “Essa foi a parte mais interessante. Essas lições servirão para toda a vida e não só em caso de perigos no mar.”, comenta Joana Stippe, aluna de 16 anos.

Joana simula respiração boca a boca 

Atividades extras – A aula faz parte do cronograma de atividades da escola e segue as normas da Confederação Brasileira de Surf (CBS). “É importante para que eles saibam se defender no mar e também ajudar alguém, se for necessário, até mesmo na rua ou em casa se alguém passar mal”, fala Diolanda Vaz, coordenadora da escola, que agora conta também com a presença de meninos entre os alunos.

Durante mais de dois anos a escola era exclusiva para meninas – a maioria ainda. “Cerca de 250 meninas aprenderam a surfar na escolinha. Muitas delas vêm de outras cidades para surfar conosco”, contabiliza. “Um dia desses, relembrando da galera, passou um filme na minha mente e deu saudades de várias que aqui estiveram”.

Diolanda conta que devido a novas parcerias, os projetos da escola estão sendo ampliados. Recentemente, a escola recebeu o apoio da UNIPRAN – grupo de estudos dos esportes praticados com pranchas vinculado a Unimonte, onde foram emprestadas algumas pranchas à escola. Também a universidade, que fica em Santos, ajudará na preparação física e teórica dos atletas, emprestando a sua estrutura.

A sede da escola fica na Praia do José Menino, na faixa de areia em direção ao Café Pellikanos. A escola conta com o apoio da Secretaria Municipal de Esporte (SEMES), Fu-wax e Rip Cord. Informações com a Diolanda Vaz, no telefone (13) 9105-9642. Confira as dicas de segurança do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo no site : polmil.sp.gov.br/

Fotos Wanessa Alves

Por Wanessa Alves – 10/05/2005

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Martin Leray

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